No fundo da garagem do aeroporto de Munique (Alemanha) fazia muito frio naquela manhã de sexta-feira, quando pus as mãos pela primeira vez na sétima geração do Audi A6. O computador de bordo marcava zero grau e já começava a nevar lá fora. Mas bastou apertar o botão que liga o motor no console central e pisar no acelerador para me esquecer que instantes atrás estava quase congelando à espera da chave para abrir o carro. Sim, o sedã é quente e promete aquecer a briga com os rivais BMW Série 5, Mercedes-Benz Classe E, Jaguar XF e companhia assim que chegar ao mercado brasileiro. Isso deverá ocorrer entre julho e agosto, por um preço em torno de R$ 270 mil.
No meio da fila de quatro carros reservados para o teste, antes de começar a viagem de mais de 80 quilômetros até o quartel-general da Audi, em Ingolstadt, deu tempo de observar alguns detalhes do interior que reforçam o apelo esportivo. Os principais instrumentos estão nitidamente voltados para o motorista e seus ponteiros descansam na vertical, como nos modelos de competição. O conta-giros tem marcação até 8.000 rpm e o velocímetro vai até 300 km/h. Seguindo essa linha esportiva, o volante de três raios abriga hastes para troca de marchas do câmbio S-tronic de sete veleocidades e a projeção das principais informações no para-brisa fazem você parecer um piloto de caça supersônico. O que também causou boa impressão foi o nível de acabamento, com algumas partes em madeira polida, como no sedã de luxo A8.
Visual da traseira segue o estilo adotado nos demais modelos da marca alemã com lanternas delgadas com leds no lugar de lâmpadas |
Aliás, força em baixa rotação faz parte de uma das características mais marcantes ao volante. O compressor é ligado à polia do virabrequim e funciona com 0,8 bar, pressão suficiente para manter uma boa dose de torque desde as primeiras marcações do conta-giros, com ajuda dos variadores de fase nos comandos de válvulas. Na Europa, o novo A6 virá com suspensão a ar, o que não estará dis-ponível no Brasil. Mesmo assim, estabilidade também continuará fazendo parte dos pontos fortes do carro, que conta com estrutura de alumínio moldado com grande diferença de temperatura (entre 1.000° C e 200° C), o que garante alta rigidez torcional com baixo peso. Além disso, a tração integral também ajuda a manter tudo sob controle nas curvas. Os freios dão conta do recado.
Interior conta com tela escamoteável e sistema de navegação por satelite atualizado pelo Google e acabamento caprichado |
Já próximo da área urbana, reduzo a velocidade ao entrar numa via secundária. Um pouco mais adiante aparece um pequeno congestionamento. O carro para e o motor desliga automaticamente. É o sistema stop-start em ação. Basta tirar o pé do pedal do freio e o V6 acorda novamente. Útil também para chegar à fabrica da Audi sem se perder foi o GPS, que ficou mais fácil de ser usado com o touchpad e recebe informações do Google Earth para se atualizar sobre o trânsito. No Brasil, essa ajuda da internet ainda vai levar um tempo para estar disponível, diz Gerald Pillekamp, da Audi. O que também não deverá ficar pronto logo no lançamento no mercado brasileiro é o acesso à internet. Apesar disso, o novo A6 não deixa de ser um executivo hi-tech.
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